Confronto
[editar] A derrota de Oribe
Um exército composto por 16 200 soldados em quatro divisões, com 6500 de infantaria, 8900 de cavalaria, 800 artilheiros e 26 canhões, incluindo mercenários europeus - os Brummer -, sob o comando de Luís Alves de Lima e Silva, então conde de Caxias, cruzou a fronteira entre Rio Grande do Sul e Uruguai em 4 de setembro de 1851. Cerca de 4000 soldados permaneceram no Brasil para proteger sua fronteira,[55] além de outros 17 000 homens espalhados pelo território nacional, de forma que o efetivo total do exército brasileiro era superior a 37 000 homens.[56]O Exército Brasileiro entrou no território uruguaio dividido em três grupos: a 4.ª Divisão sob o comando do Coronel Davi Canabarro que partiu de Quaraim e protegeu o flanco direito do grupo principal (a 1.ª e 2.ª divisões com 12 000 homens) sob o próprio Conde de Caxias que havia saído de Santana do Livramento. Um terceiro grupo, a 3.ª Divisão liderada pelo General-de-Brigada José Fernandes Leite de Castro, partiu de Jaguarão e protegeu o flanco esquerdo das forças de Caxias. A 4.ª Divisão de Canabarro uniu-se às tropas de Caxias pouco após a cidade uruguaia de San Fructuoso. A 3.ª Divisão de Fernandes se juntou à força principal pouco antes de Montevidéu.[57]
Enquanto isso, as tropas de Urquiza e Eugenio Garzón cercaram o exército de Manuel Oribe próximo a Montevidéu. As tropas sob o comando do caudilho argentino Urquiza e do general uruguaio Garzón eram naquele momento cerca de 15 000 homens e o exército de Oribe em torno de 8500 pessoas. Após descobrir que os brasileiros se aproximavam e acreditando não restar outra alternativa, Oribe pediu para suas tropas se renderem sem luta[43] em 19 de outubro.[58] Derrotado e sem nenhuma possibilidade de continuar a guerra, Oribe recolheu-se à sua fazenda em Paso del Molino. A esquadra brasileira, com os navios dispostos ao longo do Rio da Prata e afluentes, impediu que o exército vencido de Oribe pudesse escapar para a Argentina.[50][59]
Urquiza sugeriu simplesmente a Grenfell matar os prisioneiros de guerra, mas este se recusou a machucá-los.[60] Consequentemente, os soldados argentinos no exército de Oribe foram incorporados ao exército de Urquiza e os uruguaios, ao de Garzón.[61] O exército brasileiro conseguiu cruzar o território uruguaio em segurança após derrotarem as tropas de Oribe que atacaram seus flancos em vários combates.[59] No dia 21 de novembro, em Montevidéu, os representantes do Brasil, Uruguai, Entre Rios e Corrientes assinaram um tratado de aliança[62] tendo como objetivo "libertar o povo argentino da opressão que suporta sob o domínio tirânico do Governador Rosas".[63]
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