Gauchão para melhorar a imagem: o que vale o Gre-Nal 386 pós-Libertadores
clicEsportes lista motivos para torcedor e clubes não perderem o clássico deste domingo
Golpeados pela eliminação na Libertadores na última quarta-feira, Grêmio e Inter têm a chance de se levantarem em grande estilo neste domingo, a partir das 16h. Válido pelo primeiro jogo das finais do Gauchão, o Gre-Nal 386 coloca em jogo mais do que uma vitória sobre o maior rival.
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Encaminhamento do título, diminuição da pressão e reafirmação dos técnicos são fatores que potencializam a força do maior clássico do Estado.
Confira uma seleção feita pelo clicEsportes e saiba por que o Gre-Nal deste domingo é imperdível - para o público e, sobretudo, para os clubes.
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Por uma boa largada
A final do Gauchão do ano passado serve de exemplo perfeito do quão é importante começar bem uma série de decisões. No jogo de ida, no Beira-Rio, o Grêmio aplicou 2 a 0 no Inter e a boa vantagem não foi desmanchada no Olímpico. O Colorado lutou, venceu por 1 a 0, mas o título ficou na Azenha. A primeira partida se mostra, portanto, fundamental. Um tropeço pode ser irreversível. Agora, em 2011, um alerta a mais: assim como na Copa do Brasil e na Libertadores, vale o gol qualificado.
Mesmo ciente da necessidade de vencer em casa, Falcão adianta que a postura equilibrada do time deve ser mantida para domingo, sem surpresas ou busca desesperada pelos gols.
— Não posso mudar uma estrutura de time por cinco minutos de apagão. Seria inconsequente. Temos de olhar o todo — explicou o técnico.
De olho no golzinho fora de casa, Renato não decidiu se manterá três volantes ou se opta por uma formação mais ofensiva. O mistério cerca o técnico tricolor:
— Meu maior problema não é nem escalar a equipe, é saber com quem vou poder contar para o jogo.
Para juntar os cacos e remontar imagem
Além da vantagem para o jogo da volta, o Gre-Nal deste domingo surge como uma cirurgia para a imagem das equipes, arranhadas depois de eliminações frustrantes na Libertadores. A curto prazo, o Gauchão seria o único título possível para a Dupla e uma forma de reafirmar convicções e jogadores agora questionados com os maus resultados.
Sintomático, o discurso dos dirigentes expressa com fidelidade a importância que as finais do Gauchão ganharam depois da quarta-feira de cinzas dessa semana.
— Temos que buscar mobilização para esses dois Gre-Nais, é o que nos resta — avalia Roberto Siegmann.
— Gauchão é, mais do que nunca, obrigação. Vamos para o Gre-Nal em busca de um bom resultado — projeta Antônio Vicente Martins.
Ídolos no paredão
Idolatrados pelos torcedores, Falcão e Renato começaram a ouvir críticas mais acentuadas após o fracasso na Libertadores. No Beira-Rio, enquanto via seu time permitir a incrível virada para o Peñarol na quarta, Falcão não escapou da ira da torcida - sentimento agravado com o ingresso do jovem Ricardo Goulart no time em detrimento dos experientes Sobis e Cavenaghi.
— A derrota dói, mas não pode, nem vai nos amassar. Vamos engolir e buscar um recomeço no domingo — argumentou Falcão após o jogo no Beira-Rio.
Mesmo antes de cair para a Universidad Católica, Renato já vinha sendo fustigado pela torcida. Sem reforços à altura das perdas, o time deixou de render como em 2010. As lesões, só no jogo de quarta eram sete atletas fora de combate, acabaram amainando um poucas críticas sobre o técnico, que ficou sem opções para reinventar o time.
— Vamos pensar agora no Gauchão, mas estamos nos mexendo, sim — destacou Renato, ciente de que um insucesso nos clássicos pode ser fatal: — É lógico que uma crise vai ser instalada no clube que perder.
GRE-NAL 386Estádio Beira-Rio
Domingo - 16h
Capacidade - 40 mil pessoas
Abertura dos portões: 13h
INTER
Renan; Nei, Bolívar, Rodrigo e Kleber; Tinga, Bolatti, Andrezinho, D'Alessandro e Oscar; Leandro Damião. Técnico: Falcão
GRÊMIO
Marcelo Grohe; Mário Fernandes, Rafael Marques, Rodolfo e Gilson; Fábio Rochemback, Vilson, Fernando e Douglas; Júnior Viçosa (Borges) e Leandro. Técnico: Renato
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