Lixo espacial desaba sobre o Uruguai
Geral
Peça de um foguete da Nasa caiu numa fazenda próxima à fronteira com o Rio Grande do Sul
É um pedaço de um foguete Delta II, da Nasa, a agência espacial americana, o objeto que caiu na noite de 2 de março em uma fazenda no interior da cidade uruguaia de Artigas, cidade vizinha à gaúcha Quaraí. A peça, uma grande esfera metálica que chegou a ser confundida com um óvni, era parte do veículo que lançou duas sondas em direção a Marte, em 11 de junho de 2003, segundo reportagem publicada pelo jornal El País, do Uruguai.
A esfera, com cerca de dois metros de diâmetro, toda amassada e com uma parte da estrutura “rasgada”, foi encontrada por Gustavo, filho do capataz da fazenda, César “Peteke” Ferráz. Conforme a reportagem, o rapaz procurava javalis que estariam matando as ovelhas da propriedade quando, por volta das 23h, avistou luzes brilhantes no céu, seguidas de uma explosão.
– Parecia um trem de fogo, uma grande estrela e, atrás dela, outras quatro ou cinco. A terceira explodiu e a última se desintegrou – descreveu.
As luzes também foram avistadas por outros moradores do departamento (Estado) de Salto, o que levou a especulações sobre a presença de ovnis na região. Dois dias depois, Gustavo e o pai encontraram, a nove quilômetros de distância, um artefato metálico jogado no meio do campo. Era parte da estrutura de um foguete Delta II, que fora descartado em órbita depois de lançar rumo a Marte as sondas-robôs Spirit e Opportunity – que ainda hoje vasculham a superfície marciana.
Sem saber do que se tratava, Gustavo e o pai ficaram com medo de se aproximar do objeto, que imaginavam poderia estar liberando alguma radiação. Mesmo assim, levaram o artefato para a sede da estância, colocaram uma cerca elétrica em volta, para evitar a aproximação dos animais, e chamaram o fotógrafo Luiz Alberto Massarino.
As fotos, publicadas no diário El Pueblo, de Salto, atraíram a atenção da força aérea uruguaia, que foi até a fazenda analisar o objeto. A peça, feita de material bastante leve, porém muito forte, tem grafado o número de série ID 85677-1G, e parece ser dos tanques de combustível do foguete.
– Para nós, é interessante descartar que não há nenhum outro objeto pela região – disse o coronel Mariano Rodrigo, relações-públicas da força aérea, informando que esse é o primeiro caso conhecido de queda de lixo espacial em território uruguaio.
Os militares agora pretendem devolver a peça à Nasa por intermédio da embaixada americana, explicou Rodrigo. Mas é possível que, por tratar-se de lixo espacial, a Nasa não esteja interessada na peça. O que seria conveniente para Gustavo, que pensa em ficar com o resto de foguete.
– Eu o encontrei e agora ele é meu – disse Gustavo ao El País.
É um pedaço de um foguete Delta II, da Nasa, a agência espacial americana, o objeto que caiu na noite de 2 de março em uma fazenda no interior da cidade uruguaia de Artigas, cidade vizinha à gaúcha Quaraí. A peça, uma grande esfera metálica que chegou a ser confundida com um óvni, era parte do veículo que lançou duas sondas em direção a Marte, em 11 de junho de 2003, segundo reportagem publicada pelo jornal El País, do Uruguai.
A esfera, com cerca de dois metros de diâmetro, toda amassada e com uma parte da estrutura “rasgada”, foi encontrada por Gustavo, filho do capataz da fazenda, César “Peteke” Ferráz. Conforme a reportagem, o rapaz procurava javalis que estariam matando as ovelhas da propriedade quando, por volta das 23h, avistou luzes brilhantes no céu, seguidas de uma explosão.
– Parecia um trem de fogo, uma grande estrela e, atrás dela, outras quatro ou cinco. A terceira explodiu e a última se desintegrou – descreveu.
As luzes também foram avistadas por outros moradores do departamento (Estado) de Salto, o que levou a especulações sobre a presença de ovnis na região. Dois dias depois, Gustavo e o pai encontraram, a nove quilômetros de distância, um artefato metálico jogado no meio do campo. Era parte da estrutura de um foguete Delta II, que fora descartado em órbita depois de lançar rumo a Marte as sondas-robôs Spirit e Opportunity – que ainda hoje vasculham a superfície marciana.
Sem saber do que se tratava, Gustavo e o pai ficaram com medo de se aproximar do objeto, que imaginavam poderia estar liberando alguma radiação. Mesmo assim, levaram o artefato para a sede da estância, colocaram uma cerca elétrica em volta, para evitar a aproximação dos animais, e chamaram o fotógrafo Luiz Alberto Massarino.
As fotos, publicadas no diário El Pueblo, de Salto, atraíram a atenção da força aérea uruguaia, que foi até a fazenda analisar o objeto. A peça, feita de material bastante leve, porém muito forte, tem grafado o número de série ID 85677-1G, e parece ser dos tanques de combustível do foguete.
– Para nós, é interessante descartar que não há nenhum outro objeto pela região – disse o coronel Mariano Rodrigo, relações-públicas da força aérea, informando que esse é o primeiro caso conhecido de queda de lixo espacial em território uruguaio.
Os militares agora pretendem devolver a peça à Nasa por intermédio da embaixada americana, explicou Rodrigo. Mas é possível que, por tratar-se de lixo espacial, a Nasa não esteja interessada na peça. O que seria conveniente para Gustavo, que pensa em ficar com o resto de foguete.
– Eu o encontrei e agora ele é meu – disse Gustavo ao El País.
Nenhum comentário:
Postar um comentário